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O momento do e-commerce no Brasil

Gabriella Michelucci, Presidente do conselho da Empapel*
A pandemia de Covid-19, que colocou o mundo em alerta e, principalmente, isolados em casa, fez os consumidores adaptarem seus hábitos de consumo. Sem poder ir às compras, as pessoas simplesmente acionaram seus dispositivos eletrônicos – celulares, tablets e computadores – e experimentaram a compra pela Internet.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre abril e setembro, o que engloba os segundo e terceiro trimestres do ano, 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online. Mais de 150 mil novas lojas online surgiram neste mesmo período.
Antes de março de 2020, as vendas pela internet representavam 5,8% do que era comercializado no varejo total fechou o ano com crescimento de 68%, por conta do isolamento social e as mudanças da pandemia da Covid-19. Em 2021 a projeção é que o e-commerce continue crescendo gradativamente e atinja 18%. A representatividade do Comércio Eletrônico no varejo brasileiro hoje atingiu o percentual de 11%.
A pandemia fez 38% dos brasileiros comprar, pela primeira vez, produtos de limpeza pela Internet, segundo site e-commerce Brasil. O e-commerce no Brasil, antes da pandemia, representava pouco mais de 5% das vendas totais do varejo. Depois, subiu para 12%.
Esses dados dão uma ideia da expansão e da importância do comércio eletrônico nos tempos difíceis que a humanidade ainda vai enfrentar até que todos possam ser vacinados. Assim, segundo a Ebit/Nielsen, as vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, chegando a um faturamento de R$ 110 bilhões.
O assunto é particularmente importante para a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), porque a venda de papel e papelão ondulado para produção de embalagens de alimentos e bebidas, produtos farmacêuticos, higiene e limpeza, cresceu consideravelmente no período.
O comércio eletrônico exige que os produtos vendidos cheguem aos compradores embalados e a solução por embalagens em papel e papelão tem se mostrado mais eficiente, além de sustentável, já que o papel é reciclável e sua produção segue rigorosos padrões de sustentabilidade.
Outra questão é a proteção ao produto. As embalagens em papel e papelão ondulado oferecem segurança no transporte contra choques físicos, na condução até o destino final, seja a prateleira dos mercados, locais de armazenamento ou a casa dos consumidores.
Importante lembrar também o baixo custo. As embalagens podem ser moldadas em diversos formatos e o produto é leve, prático e demanda pouco espaço para acomodação, uma vez que é totalmente customizada.
A entrega de produtos por esse canal de vendas, pode requerer ainda uma segunda embalagem. A primeira, do fabricante de embalagens para indústria e a segunda, através do comércio eletrônico direto para a casa do consumidor.
Por conta disso, desde julho o setor registra recordes mensais há nove meses. Em março de 2021, últimos números levantados pela Empapel, via Fundação Getúlio Vargas (FGV), a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado teve aumento de 9,6%, em relação ao mesmo período em 2020, com um novo registro de recorde mensal. As projeções para o segundo trimestre de 2021, também são de crescimento.
A continuidade da pandemia no Brasil, pelo menos no primeiro semestre de 2021, indica que o quadro pode não mudar. Em meio a tantas notícias desafiadoras, a indústria brasileira está mostrando que consegue se adaptar e entregar ao consumidor uma ótima alternativa de consumo, com segurança, rapidez e sustentabilidade.

Fonte: *Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel é a antiga ABPO, Associação Brasileira do Papelão Ondulado, que desde 1974 representava o setor