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Brasileiros buscam embalagens que maximizem o uso de produtos

Com a renda disponível muito apertada em função da crise econômica, qualquer tipo de desperdício de produto significa um desperdício muito grande de dinheiro. E os brasileiros não estão dispostos a jogar dinheiro fora nesse período de economia tão conturbada. Então, passaram a incluir no seu processo de compra produtos cujas embalagens permitam a maximização do uso e assim evite desperdícios.

Olhando para as categorias de alimentos, bebidas, beleza e limpeza ao longo dos últimos cinco anos, vemos que os produtos disponíveis em pouches se destacaram bastante por crescerem em ritmo mais acelerado que as categorias mais tradicionais de embalagens, como vidro, metal e plástico rígido, assim como acima também da média do segmento de embalagens como um todo.

Além do pouch, destacamos outro tipo de embalagem que também permite a maximização do uso do produto e passa a ter um apelo mais interessante para o consumidor. É o caso da embalagem squeezable, por exemplo, aquela que pode ser apertada. Um exemplo bacana é o condicionador Pantene 3 Minutos que traz uma embalagem bastante diferenciada. A primeira diferenciação está no fato que a tampa da embalagem fica no fundo dela, facilitando a extração do produto. Mas, mais do que isso, a embalagem squeezabl permite o uso até as últimas gotas sem que o consumidor precise fazer aquela conhecida “gambiarra” de colocar água dentro do condicionador para usá-lo até o fim.

Além disso, existe a questão de utilizar a os rótulos e as embalagens para comunicar e descrever para o consumidor como fazer o melhor uso do produto, principalmente para aquelas categorias nas quais o consumidor ainda não está muito habituado. Isso é bastante interessante para os produtos de limpeza cujas versões concentradas vêm se consolidando.

O brasileiro muitas vezes não sabe que se ele usar uma tampinha do concentrado ele possui o efeito similar a três ou quatro tampas da versão tradicional. Então é possível utilizar a embalagem para indicar ao consumidor como ele pode fazer as melhores conversões a fim de evitar desperdício do produto.

E mais do que isso, quando falamos de produtos de limpeza, que tradicionalmente são oferecidos em embalagens opacas, muitas vezes o consumidor não consegue ver o quanto ainda resta de produto na embalagem e, assim, ele não sabe quando é o ideal momento de repor o produto. Nesse quesito a Ariel vem fazendo um trabalho bacana. Embora a marca ainda traga seu detergente de roupas na versão embalagem branca e opaca, na lateral há um medidor transparente que permite visualizar o nível de produto dentro dela.

Por fim, existe também a questão de refechar e preservar o produto. O consumidor não necessariamente vai consumir todos os produtos que ele compra de uma só vez. E nesse sentido, oferecer uma embalagem que possa ser refechada e, desta forma, manter a qualidade do produto mesmo depois de aberto, passa a ser um fator de diferenciação.

Um clássico exemplo de mudança está na categoria de leites. Até muito pouco tempo atrás, os leites eram oferecidos em sua maioria na embalagem cartonada sem tampa, e era preciso cortar um canto em sua lateral para servir o produto. Hoje no mercado já existem diversas opções de embalagens que permitem o consumo fracionado, tanto na versão cartonada, mas também na versão PET.

É importante entender que o consumidor hoje analisa o produto, dentre outros aspectos, por meio da proposta de valor que a embalagem traz para seu consumo. E oferecer um produto que possibilite o consumo fracionado e a sua maximização, evitando desperdício, porém mantendo a qualidade e frescor do produto, tornou-se um fator de diferenciação para as marcas.

Para saber mais sobre o assunto, assista nosso webinar sobre embalagens no Brasil através do link: Tendências no Mercado de Embalagens do Brasil

Fonte: Euromonitor International